terça-feira, 3 de agosto de 2010


  Foto: Divulgação
Banco Imobiliário do Corinthians é mais uma novidade para o ano do centenário do clube
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DIEGO GARCIA
O Corinthians lançou sua versão de Banco Imobiliário em parceria com a Brinquedos Estrela. O jogo é semelhante à versão original, mas substitui as tradicionais ruas por jogadores, CT, estádio (Parque São Jorge), sala de troféus, entre outras coisas. No entanto, uma particularidade curiosa aparece como destaque do produto: a ausência dos dois maiores astros do clube alvinegro na atualidade, o atacante Ronaldo e o lateral Roberto Carlos.
"A negociação com o Ronaldo não é a mesma feita com o Corinthians, pois com ele teríamos de negociar a parte em patamares superiores. Mas acreditamos que o torcedor vai pensar que o clube é maior que o jogador e isso não deve prejudicar as nossas vendas. O Roberto Carlos também não aparece pelo mesmo motivo pelo qual Ronaldo também não está", explicou ao Terra Aires Leal Fernandes, diretor de marketing da Estrela.
Entre os atletas relacionados no tabuleiro, aparecem inclusive alguns que não estão mais no time paulista, como Marcelo Mattos (foi para o Botafogo), Morais (emprestado ao Bahia) e Escudero (voltou para o Argentinos Juniors). Além deles, outros 16 jogadores estampam o brinquedo, todos membros do atual elenco. O preço do produto no mercado será de R$ 99,00. "Seria ótimo (contar com Ronaldo e Roberto Carlos no Banco Imobiliário), mas isso encareceria o jogo", concluiu Aires Fernandes.
Valores dos atletas:
Outra coisa que chama a atenção são os valores dos atletas. O goleiro Felipe, por exemplo, que teve ida para a Europa frustrada e não vem sendo mais relacionado às partidas, é o mais caro do jogo ($ 400.000). Seu preço é tão alto que chega a ser bem superior à sala de troféus ($ 150.000) e equivalente ao dobro do valor da Fazendinha (Estádio Alfredo Schürig, $ 200.000) e do CT (Centro de Treinamento, $ 200.000).
Sobre isso, o diretor de marketing da Estrela apresentou uma justificativa plausível. "No jogo tradicional, as companhias (aviação, ferroviária, etc) tem um preço mais baixo que as outras propriedades, mas são mais rentáveis. No Banco Imobiliário do Corinthians, o estádio entrou no lugar destas companhias, e não como uma propriedade. Por isto, ele é mais barato, mas tem uma rentabilidade muito maior", afirmou.
Por sua vez, o passe de Tcheco, contestado pela torcida corintiana na temporada, vale $ 180.000. Jucilei, recentemente convocado para a Seleção Brasileira, custa $ 260.000. Defederico, contratado a preço de ouro no ano passado, vale "apenas" $ 180. O mais barato é o argentino Escudero, que pode ser adquirido por $ 75.000. "A disposição dos jogadores foi distribuída de forma aleatória no tabuleiro, para que a mecânica do jogo tradicional não fosse comprometida", declarou Aires Leal Fernandes.
Ausência do verde:
Quem observa as peças do Banco Imobiliário do Corinthians certamente nota a ausência da cor verde no produto. Nem o tabuleiro, nem os dados, nem as cartas, nem as peças que representam os jogadores e nem o próprio "dinheiro" tem coloração esverdeada. A predominância é do preto e branco, mas vermelho, amarelo, azul escuro, azul celeste, cinza, bege, vinho e roxo também aparecem em algum determinado ponto do brinquedo.
O motivo é simples: o verde representa o Palmeiras, arquirrival do time do Parque São Jorge. A "falta" dessa cor é comum na torcida do Corinthians, principalmente quando o time atua como mandante. Curiosamente, quando algum desavisado entra no estádio no meio dos corintianos trajando alguma peça de roupa esverdeada, prontamente escuta gritos ofensivos dos torcedores do time alvinegro, que protestam até que o "invasor" retire o equipamento.
A "rixa" com o verde também apareceu em ocasiões célebres na história do Corinthians. No dia 3 de dezembro de 2007, um dia após o rebaixamento da equipe para a Série B do Campeonato Brasileiro, um cartaz foi colocado nas dependências do Parque São Jorge com os seguintes dizeres: "Proibida a entrada de camisa verde ou rosa". Para o torcedor corintiano, as cores supostamente identificam alguns clubes rivais.
Tropeços:
Apesar de a qualidade do produto ser indiscutível, algumas pequenas "falhas" são encontradas. A primeira aparece logo no tabuleiro e só será descoberta se a pessoa estiver muito atenta. Isso, porque o nome de William, zagueiro e capitão do Corinthians nos últimos dois anos, está representado de forma equivocada: "Willian". Sua grafia correta é com a letra "M" no final, como indica o site oficial do clube alvinegro.
O segundo erro é um pouco mais grave, mas pode ser justificado por um pequeno "deslize" de revisão - em uma das cartas de "sorte ou revés", uma palavra aparece escrita de maneira errada: "suspenção". No entanto, em muitas outras peças do produto, inclusive no próprio tabuleiro, o vocábulo aparece grafado como "suspensão", que é a maneira correta de escrevê-lo, segundo o dicionário de língua portuguesa Michaelis.
Outros brinquedos:
Além do Banco Imobiliário, a Estrela lançou outras novidades com a logomarca do clube paulista, como o jogo "Cara a Cara" e um Quebra-Cabeça. "A expectativa da Estrela é de que até o fim do ano a marca consiga vender pelo menos 100 mil peças entre os três brinquedos lançados", afirmou o diretor de marketing da empresa idealizadora do produto.
"O Banco Imobiliário e o Cara a Cara são jogos tradicionais da Estrela que formaram gerações de crianças. O Banco Imobiliário está no mercado desde 1944 e o Cara a Cara desde os anos 80. São marcas muito fortes no imaginário da criança brasileira. Todos os anos nós as renovamos ligando elas com licenciamentos como Shrek, Carros, Princesas Disney, Turma da Mônica, etc. Desta vez, escolhemos também o Corinthians", finalizou.

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