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terça-feira, 29 de junho de 2010

Nos pênaltis, Paraguai consegue vaga inédita e ensaia Copa América


Foi uma partida truncada, de muita marcação, e com raras chances de gol. Em suma, o último dia das oitavas de final começou da Copa com um jogo chato. Nem mesmo o outro duelo que foi para a prorrogação no mata-mata, a vitória de Gana sobre os Estados Unidos, foi tão sem graça. Emoção, só nos minutos iniciais do tempo extra. No restante, tensão, e novo empate. Nos pênaltis, Komano desperdiçou a única cobrança japonesa. Sobrou para o atacante Cardozo, que quase foi cortado por lesão, marcar o gol que deu a inédita classificação dos paraguaios para as quartas de final. Dos cinco sul-americanos que passaram da 1ª fase, só o Chile, que cruzou com Brasil, foi eliminado. Assim, o Mundial fica ainda mais com cara de Copa América, e pode ter uma fase semifinal apenas com equipes do continente.
Numa partida de baixo nível técnico, a pior nesta fase do torneio, o Paraguai superou o Japão nos pênaltis, por 5 a 3, depois de 120 minutos sem conseguir fazer um gol sequer e, pela primeira vez, chega às quartas de final de uma Copa do Mundo.
  • Flávio Florido/UOL
    Brasileiro Túlio Tanaka teve outra atuação segura contra o Paraguai
  • Flávio Florido/UOL
    Isolado no ataque, Honda sofreu com a defesa da equipe guarani
  • Flávio Florido/UOL
    Komano perde pênalti, e o Japão dá adeus nas oitavas como em 02
  • Retranca de novo: O Japão veio armado num 4-5-1, com Honda isolado na frente, esperando marcar num contra-ataque ou num erro do Paraguai.
    Só o ataque: Mais determinado, mas sem imaginação, o Paraguai contava com a inspiração de Barrios e Roque Santa Cruz.
    Fogo amigo: As duas seleções tiveram choques entre seus próprios atletas, que paralisaram a partida por alguns minutos para eles serem atendidos.
Com a vitória paraguaia, pela primeira vez quatro seleções sul-americanas estão juntas entre as oito finalistas. O resultado estabelece ainda uma possibilidade inédita – a de que quatro seleções sul-americanas cheguem às semifinais.
Para que esta “Copa América” em solo sul-africano possa se realizar, é preciso que o Brasil vença a Holanda, o Uruguai supere Gana, a Argentina passe pela Alemanha e o Paraguai ganhe do vencedor da partida entre Espanha e Portugal.
Contra o Japão, que atuou, como sempre, fechadíssimo, num 4-5-1, o Paraguai até tentou tomar a iniciativa, mas mostrou pouca imaginação. Barrios e Roque Santa Cruz tiveram chances de marcar no primeiro tempo, mas esbarraram ou no goleiro Kawashima ou na falta de pontaria.
Em contra-ataques ou aproveitando erros dos paraguaios, os japoneses tiveram as suas chances também. De fora da área, Matsui acertou o travessão de Villar e Honda mandou uma bola perto do gol.
Um pouco mais audacioso, o Paraguai levou mais perigo no início do segundo tempo, mas Benitez desperdiçou dois bons contra-ataques, sendo substituído na sequência por Valdez. Tediosa a partir dos 20 minutos, a partida foi para a prorrogação – a segunda nesta Copa, depois de Gana e Estados Unidos.
A partida melhorou um pouco na fase complementar, menos pela qualidade das equipes e mais pelo cansaço e relaxamento. Na base do entusiasmo, o Paraguai chegou mais perto do gol, mais foi novamente ineficiente. Na segunda metade, o Japão teve duas chances de gol, mas não teve qualidade para marcar.
Na disputa dos pênaltis, as duas equipes mostraram bom aproveitamento, com exceção de Komano que chutou a bola no travessão. Melhor para o time guarani, que não errou nenhuma cobrança e selou a vaga.
Com a classificação histórica, o Paraguai confirma as boas expectativas que cercavam a seleção. Com ótima participação nas eliminatórias (ficou em terceiro lugar, atrás do Brasil e do Chile), este time é visto como o melhor que o país já enviou a um Mundial.
Menos ofensivo do que nas eliminatórias, a equipe dirigida pelo argentino Gerardo Martino adotou uma postura mais cautelosa na África do Sul e surpreendeu, terminando a fase classificatória em primeiro lugar no seu grupo, à frente de Eslováquia, Nova Zelândia e Itália.
Mais antigo estádio a receber uma partida de Copa do Mundo, o Loftus Versfeld não estava lotado. Com capacidade para 42.858 espectadores, exibia vários setores atrás dos gols vazios. Até o fim da partida, diferentemente do que ocorre sempre, não foi divulgado o público total presente. Na véspera, durante a partida entre Brasil e Chile, a Fifa anunciou nas placas ao redor do gramado do Ellis Park que havia ingressos disponíveis para o jogo desta terça-feira.